O raio da Silibrina
(Braulio Tavares)
(Braulio Tavares)
Me perguntam tanto que resolvi
escrever um artigo encerrando esta questão de uma vez por todas. Quando alguém
vier me perguntar: “Mas o que diabo quer dizer O Raio da Silibrina?...”, atacho
o presente texto e estamos conversados.
Este termo surgiu para mim na
infância. Tia Anunciada (que chamávamos Tia Nunum), minha tia mais jovem pelo
lado materno, estava passando férias lá em casa. Meus pais foram ao cinema ou a
um jantar, e ela juntou os sobrinhos para inventar uma travessura. Preparamos
um boneco sentado no sofá da sala: um terno velho de meu pai, recheado de
jornais amassados, sapatos, uma máscara de carnaval na cara, um chapéu, um copo
na mão. Parecia uma pessoa de verdade. Como remate final, ela pendurou-lhe no
pescoço um papel onde escreveu: “O Raio da Silibrina”. Quando meus pais
chegaram e acenderam a luz da sala, tiveram um susto, e a gente morreu de rir.
Usei esse nome para batizar um
personagem duma peça minha, com canções e tudo: Trupizupe, o Raio da Silibrina.
Aí, já fiz uma mistura com o termo “trupizupe”, que é um dos diabos chamados
para enfrentar Lampião no folheto de José Pacheco A Chegada de Lampião no
Inferno. A música com o mesmo título acabou ficando conhecida, e alguém me
disse que a origem do nome “silibrina” era um tipo de farol de carro que
existia antigamente, “Sealed Beam”, que significa mais ou menos “brilho selado”,
ou “farol blindado. Quando um carro com este tipo de farol aparecia ao longe, de
noite, nas estradas do interior, o raio de luz se via a quilômetros de
distância, e os matutos diziam: “Eita, olha só o Rai do Silibim!” E aí ficou.
Na década de 1960 houve um grupo de rock paulista, só de mulheres (acho que
eram Rita Lee, Lúcia Turnbull, essa turma) que se chamava “As Cilibrinas”, o
que levantou a interessante questão da grafia do nome – que continuo a preferir
com “S”.
Recentemente minha irmã Clotilde
levantou a questão mais uma vez, lembrando a lendária figura da “Sibila de
Cuma”, uma daquelas pitonisas gregas que adivinhavam o futuro, e cuja história
é contada num livro com o título “Oracula Sybyllina”. Pode ser mera
coincidência que isto lembre o som de “O Raio da Silibrina”, mas é de se ficar
pensando, devido aos pendores místicos, transcendentais, proféticos e
ininteligíveis de ambas as entidades.
Em todo caso, devemos lembrar que
no linguajar popular paraibano a expressão “o raio da silibrina” é aparentada a
“o cão chupando pena”, “o cão chupando manga”, e semelhantes. Quando Ronaldinho
Gaúcho arranca da intermediária, passa um pitu em três zagueiros e encaçapa a
bola na gaveta de cima, a torcida brada: “Eita, que o cába hoje tá o raio da
silibrina!” -- ou, em mais uma expressão equivalente, “tá virado num traque”.
Quanto a mim, prefiro considerar
que se trata de uma operação fonético-numerológica, uma conta de somar com
letras em vez de números: “SILIBRINA = sabedoria + livraria + adrenalina”. E
estamos conversados.
Texto
copiado daqui: http://mundofantasmo.blogspot.com.br/2008/12/0701-o-raio-da-silibrina-1762005.html
Responda atentamente ao que se pede:
1)No
primeiro parágrafo, linha 1, há um pronome oblíquo cuja colocação é inadequada.
Corrija a frase .
2)No
primeiro parágrafo, linha 2, quem é o sujeito do verbo “atachar”?
3)No
segundo parágrafo, linha 4, há um pronome demonstrativo cuja função é recuperar
um termo anteriormente citado. Esse pronome foi escrito de maneira inadequada.
Corrija-o.
4)No
segundo parágrafo, linha 4, o pronome relativo “que” retoma um termo
anteriormente citado evitando sua repetição. Qual é o termo?
5)No segundo parágrafo, linha 4, há um pronome
possessivo. Transcreva-o.
6)No segundo parágrafo, linha 5, há um pronome
possessivo. Transcreva-o.
7)Na linha 5, o pronome “ela” refere-se a que termo
anteriormente citado?
8)Na linha 6, qual é o sujeito do verbo “preparamos”?
9)Na linha 8, qual é o sujeito do verbo “parecia”?
10)Na linha 8, a frase “ela pendurou-lhe no pescoço um
papel onde escreveu:...” pode ser reescrita substituindo-se o pronome “lhe”. Faça as alterações
necessárias.
11)Preencha a tabela abaixo:
LINHA
|
PRONOME
DEMONSTRATIVO
|
PRONOME
POSSESSIVO
|
PRONOME
INDEFINIDO
|
10
|
|
|
|
LINHA
|
ARTIGOS
INDEFINIDOS
|
PRONOME RELATIVO
|
SUBSTANTIVO
PRÓPRIO
|
11
|
|
|
|
LINHA
|
PRONOME
INDEFINIDO
|
PRONOME RELATIVO
|
PRONOME OBLÍQUO
|
13
|
|
|
|
12)Na frase “Quando um carro com este tipo de farol aparecia ao longe, de noite, nas estradas do interior, o raio de luz se via a quilômetros de distância,...” há um pronome demonstrativo que foi escrito de maneira inadequada. Identifique-o e transcreva a frase eliminando essa inadequação.
13) Na linha 19, identifique o sujeito do verbo
“levantou”.
14) Na linha 21, há inadequação do uso do pronome
demonstrativo. Corrija-o.
15) Justifique o emprego do pronome
demonstrativo “essa” na linha 17.
16) Assinale a alternativa correta.
a)Na frase “atacho o
presente texto e estamos conversados.”, linha 2, há apenas 1 substantivo.
b) Na frase “Este termo surgiu para mim na infância”,
linha 4, não houve inadequação na escrita dos pronomes.
c)Na frase “Meus pais foram ao cinema ou a um
jantar”, linha 5, há 2 artigos definidos e 1 indefinido.
d)Na frase “Preparamos um boneco sentado no sofá da sala...”,
linha 6, o artigo indefinido exerce a função de retomar um termo anteriormente
citado.
e)Na frase “que continuo a preferir com “S”.”, linha 18,
o pronome relativo retoma o substantivo “Cilibrinas”.
17) Assinale a alternativa incorreta.
a) O substantivo “pendores”, linha 21 significa
“tendências”.
b) “Brada”, linha 25, é sinônimo de “grita”.
c) “pitonisas”, linha 20, é o substantivo que os gregos
utilizam para denominar aquelas mulheres que adivinham o futuro.
d) Na frase “Quanto a mim, prefiro considerar que se
trata de uma operação fonético-numerológica...”, linha 27, pode-se substituir
sem inadequação sintática o pronome “mim” pelo pronome “eu”.
e) Na linha 23, a palavra “que” não é pronome relativo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário